Arquivos de Tag: ciência em ação

Pérolas dos alunos – Thiago

IMG-20160101-WA0266Thiago Henrique Fermiano – Aluno de Biomedicina/2015

Ciência e Política: amor e ódio

A ficção, na maioria das vezes, surge a partir de um determinado fato real, buscando explicar esse fato, ou seja, a realidade; ou ainda nasce tentando ser entendida a partir de teorias existentes. No caso de “Contato”, filme de ficção científica, o desenrolar do enredo expõe ações pelas quais se podem fazer uma análise à luz de determinadas teorias acerca da ciência. Um desses temas suscitados ao longo do filme é a relação atemporal entre política x ciência. Tal assunto se enquadra, atualmente, nas discussões elaboradas pelos Science Studies, mais especificamente nas ideias do sociólogo Bruno Latour.

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Ciência em ação IV

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No capítulo 4, “Quando os de dentro saem”, Latour mostra que a usual distinção dentro/fora não serve para pensar a ciência. Para fazer a sua antropologia simétrica há que se perceber que a tecnociência inclui vários atores além de cientistas e engenheiros em laboratórios, e que mesmo esses costumam sair a fim de estender a rede científica, mobilizando aliados e recursos, e servindo como porta-vozes. Nesse sentido, é necessário estudar os dois lados ao mesmo tempo.

Carol e Carlos prepararam o seguinte resumo do capítulo:

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Ciência em ação VI

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No sexto e último capítulo do livro, Latour destrincha as “Centrais de cálculo” a partir de um prólogo, “Domesticação da mente selvagem”, e seguindo pelas partes A, “Ação a distância” (p. 341-362), B, “Centrais de cálculo” (p. 363-386), e C, “Metrologias” (p. 386-404). A Parte A se subdivide nas seções: 1) Ciclos de acumulação; 2) A mobilização dos mundos; e 3) Construindo o espaço e o tempo. A Parte B apresenta as seções: 1) Amarrando firmemente todos os aliados; e 2) Qual é o cerne do formalismo. A Parte C foi organizada assim: 1) Expandindo ainda mais as redes; 2) Atado por umas poucas cadeias metrológicas; e 3) Ainda sobre a papelada.

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Ciência em ação V

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Texto do André sobre o quinto capítulo, “Tribunais da razão”:

No capítulo 5 de Ciência em Ação, Latour se engaja em uma discussão relativa aos critérios que servem como parâmetros de demarcação entre o conhecimento científico e o conhecimento do senso comum. Essa oposição, muitas vezes colocada em termos valorativos como “racional vs irracional”, parece apontar para a existência de um aspecto que torna o primeiro tipo de conhecimento superior ao segundo.

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Ciência em ação III

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Texto da Francine sobre o terceiro capítulo:

A Parte II de “Ciência em ação” – intitulada como “Dos pontos fracos aos fortes” – está dividida entre os Capítulos 3 e 4, sendo estes compostos, respectivamente, por quatro e duas seções.

O capítulo 3 – “Máquinas” – é introduzido por uma rememoração das conquistas logradas pelos capítulos anteriores e por uma avaliação da natureza das “caixas pretas”. Continuar Lendo →

Ciência em ação II

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A primeira parte do livro chama-se “Da retórica mais fraca à mais forte” e é composta de dois capítulos, cujos títulos são eloquentes sobre qual seria a retórica mais fraca e qual seria a mais forte: “Capítulo 1 Literatura” e  “Capítulo 2 Laboratórios”. Interessante, no entanto, é que tanto a literatura quanto os laboratórios são tratados como retórica. Marta preparou um resumo dos dois capítulos:

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Ciência em ação I

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Neste ano, o objeto dos nossos seminários será o livro Ciência em ação do Bruno Latour, escrito em 1987, publicado no Brasil em 2000 (primeira edição) pela Unesp, com tradução do inglês (sim, Latour escreveu em inglês, e não em francês) de Ivone Benedetti. A segunda edição é de 2011. Assim como o Representar e intervir do Hacking, que estudamos no ano passado, esta é uma publicação importante para mapearmos esse campo do conhecimento que, por ora, estamos chamando de Science Studies, e que se caracteriza, entre outros traços, por se aproximar da prática científica a fim de produzir uma imagem de ciência mais realista do que a da Filosofia da Ciência, da Sociologia da Ciência e da História da Ciência isoladas. Aliás, esta é uma outra característica: a interdisciplinaridade. E isso já se vê nas formações dos autores dos Science Studies. O Hacking é filósofo, o Latour sociólogo, há também historiadores da ciência, como o Peter Galison etc.

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