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Jornada Feyerabend
Este é o livro póstumo de Paul Feyerabend. Inacabado, o livro foi cuidadosamente editado por sua esposa, Grazia Borrini-Feyerabend, e seu amigo, Bert Terpstra, e publicado originalmente em 1999. Entre nós, a tradução de Cecilia Prada e Marcelo Rouanet, com a revisão técnica da querida professora Anna Carolina Regner, saiu em 2006 pela Editora Unisinos.
Além do manuscrito inacabado de Feyerabend, que compõe a primeira parte do livro, os editores fizeram uma seleção de 12 artigos e ensaios relacionados com o que foi tratado no manuscrito pelo autor. De maneira geral, podemos dizer que aqui Feyerabend trata da questão do realismo, encaminhando-a pela sua permanente discussão com a tirania dos universais, que já se pode perceber no subtítulo: “Uma história da abstração versus a riqueza do ser”.
Esta semana faremos uma Jornada Feyerabend dedicada a esse livro na sexta-feira, dia 23 de junho de 2017, começando às 10h na sala 223 do bloco I-12. Participe!
Representar e intervir IV
A Francine preparou alguns tópicos sobre o capítulo “Realismo interno” (p. 167-189):
A.7. Realismo interno (p. 167)
A.7.1. Realismo interno e externo (p. 168)
A.7.2. Questões a respeito do realismo metafísico (p. 169)
A.7.3. Trabalho de campo metafísico (p. 171)
A.7.4. Kant (p. 172)
A.7.5. A verdade (p. 174)
A.7.6. Entidades teóricas e coisa em si (p. 175)
A.7.7. Referência (p. 177)
A.7.8. Gatos e Cerejas (p. 178)
A.7.9. As implicações para o realismo científico (p. 180)
A.7.10. Premissas (p. 182)
A.7.11. Nominalismo (p. 186)
A.7.12. Nominalismo revolucionário (p. 187)
A.7.13. Racionalidade (p. 189)
Representar e intervir II
A primeira parte do livro começa discutindo o realismo científico (p. 81-93), mapeando os realismos e antirrealismos de teorias e de entidades. Diante dessa empreitada, é feita uma reclassificação entre realistas e antirrealistas de toda a tradição da filosofia da ciência. É possível ser realista de teorias sem ser realista de entidades. Russel, por exemplo, é enquadrado como realista de teorias e antirrealista de entidades, já que não problematizava a possibilidade de alcançar a verdade por meio das teorias, mas tratava as entidades inobserváveis como construções lógicas. Hacking, por sua vez, se declara um realista científico de entidades e diz que, para ele, só no nível da experimentação se pode ter certeza da existência de entidades teóricas não observáveis. É o chamado argumento experimental: “se você pode bombardeá-los [elétrons e pósitrons], então eles são reais” (p. 84).
Representar e intervir I
Desde o início do ano estamos discutindo o livro do Ian Hacking, Representar e intervir, publicado em 2012 pela Editora da UERJ. Apesar de já ser um texto balzaquiano (publicado originalmente em 1983), ele ainda é deveras atual e conta com uma introdução do autor escrita especialmente para a edição brasileira. Ademais, há uma reveladora apresentação, escrita pelo meu amigo André Mendonça (IMS-UERJ), em que ele nos apresenta o Hacking e sua obra como uma ponte entre a tradição e a pós-modernidade. Vale a pena conferir!