Arquivos de Tag: darwin

A biogeografia na Origem

Excelente seminário da Isabelly feito durante a disciplina optativa Seminários de Pesquisa em História e Epistemologia das Ciências em novembro de 2021. Parabéns! Clique aqui para ver os slides.

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Livro novo (e lindo) no pedaço!

Clique aqui para ir até a Livraria da Física, editora do livro. Veja o sumário abaixo:

Prefácio a três (Maria Cristina Machado Motta, Fernando Fragozo e Antonio Augusto Passos Videira)

O valor da ciência e a superação da dicotomia entre o epistemicismo e o instrumentalismo utilitário (Vinícius Carvalho da Silva)

La ciencia, la historia y las tonalidades (Juan Queijo)

Los orígenes de la filosofía de la cienciay el empirismo lógico (María de Paz)

O raciocínio por semelhança nas ciências:o caso da Origem das espécies, de Charles Darwin (Cristina de Amorim Machado)

Carta a um/a jovem cientista – e, assim,a ciência criou o negacionismo à sua imagem e semelhança (André Luís de Oliveira Mendonça)

As diversas faces da dúvida – ceticismo, negacionismo e confiança nas ciências (Mônica Ferreira Corrêa e Mariano Gazineu David)

Fenomenologia, ontologia e ciência:interlocuções entre Heidegger, Popper e Kuhn (Fernando Américo Teixeira Delavy, Rogério Tolfo e Vítor Gustavo Ribeiro de Matos)

O desafio de Heidegger: pensar a metafísica e a técnicapara entender a ciência moderna (Fernando Fragozo e Maria Cristina M. Motta)

Epistemologias feministas: conhecimento situadoe solidariedade em perspectiva (Maria Helena Silva Soares)

A lógica da vida, capítulo 3: o tempo

Resumo feito pela gloriosa Marta Bellini:

Mais do que um conceito abstrato, no capítulo 3 de A lógica da vida, Jacob enuncia o tempo como a duração indissociável da origem do mundo e de sua evolução. Uma duração é o entrelaçamento da história das espécies, sua permanência e sua variação, ampliação, imanência, contínua, persistente. Dos seres mais rudimentares aos mais complexos, todo ser vivo sobrevém de uma sucessão de transformações conforme os novos naturalistas do século XVIII. A ideia de tempo está ligada às ideias de origem, continuidade e contingência (acaso, circunstância), diz Jacob (p. 137).  Origem porque considera o surgimento da vida na Terra, continuidade porque somente do ser vivo aparecem outros seres vivos; contingência porque não há, na natureza, nenhum a priori para a existência do mundo vivo assim como é hoje. Todo ser vivo está associado ao espaço que o circunda e ao tempo que levou para chegar ao mundo de hoje.

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Pedro, leitor de Darwin e Mendel

Hoje o Pedro nos brindou com um aulão sobre Darwin e Mendel! Essa atividade tem a ver com o capítulo 4 do livro Lógica da vida, do François Jacob, e, claro, com as nossas leituras de Darwin. Clique aqui para ver os slides.

A lógica da vida, capítulo 2: a organização

Resumo feito pela gloriosa Marta Bellini

Vimos na Introdução e no capítulo 1 deste livro o uso de metáforas organizacionais para sustentar a argumentação sobre a vida, sua reprodução e manutenção.

Jacob, neste capítulo, vai tratar da nova concepção dos seres vivos, após a segunda metade do século XVIII, e na passagem ao século XIX. Neste período, os seres vivos serão compreendidos de outra forma, ou seja, como seres organizados, estruturados em conjuntos tridimensionais de moléculas que regeriam suas propriedades e seus comportamentos. Jacob afirma (1983, p. 81) bem o que vai abordar no capítulo 2, “É pela organização que os seres se distinguem das coisas”. É na passagem do século XVIII ao XIX que uma nova ciência emerge não mais como classificatória dos seres vivos, mas tendo como objeto de estudo a sua organização.

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A lógica da vida, introdução: o programa

Na primeira parte da introdução, que se chama “O programa”, Jacob começa nos lembrando da noção bastante evidente da “formação do semelhante pelo semelhante” (p. 9), dessa forma que permanece ao longo das gerações e que, aliada à experiência, permitiu que nossos ancestrais transformassem plantas e animais a nosso favor. Apesar dessa prática de manipulação milenar e do conhecimento aí desenvolvido, muitas explicações conflitantes circularam – e por que não dizer que ainda circulam – sobre o tema. Ele contextualiza a noção de programa, tão cara ao nosso entendimento de hereditariedade atualmente, que é descrita “em termos de informação, mensagens, código. […]. O que se transmite, de geração em geração, são as ‘instruções’ […]. O organismo torna-se assim a realização de um programa prescrito pela hereditariedade. A intenção de uma Psyché foi substituída pela tradução de uma mensagem.” (p. 10). E acredita que, com isso, algumas discussões conceituais desapareceram, como as que opunham “finalidade e mecanismo, necessidade e contingência, estabilidade e variação” (p. 10).

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A lógica da vida, prefácio

              François Jacob (sentado) e Jacques Monod no Instituto Pasteur em 1971

Pouco antes dessa foto aí em cima, François Jacob (1920-2013) havia publicado o seu livro A lógica da vida, que estamos lendo e discutindo nos nossos encontros às quartas-feiras. Além de ser considerado um dos fundadores da biologia molecular, e de ter dado uma contribuição monumental às ciências da vida (Prêmio Nobel de 1965 junto com Jacques Monod e André Lwoff por sua pesquisa em regulação genética), Jacob tem uma visão de filosofia e história da biologia extremamente esclarecedora.

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Leitura de François Jacob

Mais uma nova atividade: esta semana vamos começar a ler juntos A lógica da vida: uma história da hereditariedade, de François Jacob. Esse livro, traduzido no Brasil por Ângela Loureiro de Souza e publicado pela Editora Graal em 1983, foi escrito originalmente em 1970 pelo prêmio nobel de fisiologia e medicina (1965) François Jacob. Segundo Foucault, “é a mais notável história da biologia escrita até o momento”.

Campanha de comercialização dos livros do Felipe Costa

Para ver a divulgação e participar da campanha, clique aqui.
Para obter mais informações, entre em contato com o Felipe pelo e-mail meiterer@hotmail.com

Novas publicações do Pedro

Em tempos de pandemia: folha de lótus, escorregador de mosquito

Mais um texto da coluna da Marta no Jornal do Porto:

As mil e uma noites dos animais numa floresta mostram a preciosidade das vidas, inclusive a da humana.

No meio das centenas de árvores os morcegos ouvem as frutas. Uma lagarta manipula o envelhecimento das folhas que come. Aquelas moscas pequeninas, de bananas, as drosófilas, afogam suas mágoas em álcool quando são rejeitadas por outras moscas na fecundação. Os pássaros são o suporte das árvores nas matas e florestas.

A espécie de árvore Ceratocaryum argentum, na África do Sul, manipula besouros rola-bosta para que estes pequenos insetos, enrolados em fezes, façam suas sementes germinarem mais depressa, antes de serem comidas pelos roedores.

Todas essas histórias estão no livro Folha de lótus, escorregador de mosquitos, de Fernando Reinack. São 96 crônicas sobre os seres vivos aliados dos humanos, mas que os humanos não sabem. Ou não querem saber.

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Em tempos de pandemia: alguma coisa está fora de ordem

Coluna da Marta no Jornal do Porto, 14 de abril de 2020

Para ver no site do jornal, clique aqui.

Vírus-rei

Pensei muito em um nome para esta Coluna no Jornal do Porto. Diga-se de passagem, sou sobrinha de um dos proprietários do jornal e prometi me comportar nestas linhas da Coluna. Não que o jornal tenha me exigido algo. Simplesmente não vou tratar de política no sentido mais popular do termo, o de homens de partidos, eleições e polêmicas construídas pelas mídias oficiais.

Hoje, para iniciar a Coluna, resolvi pensar o coronavírus (calma, pessoas, vou falar apenas da presença dele) nas cidades, países, planeta como um evento que obriga a reclusão dos humanos, mas permite o revigorar das espécies de animais, de plantas, aquilo que chamamos de natureza.

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Publicação nossa sobre os colaboradores de Darwin

Para ver no site da Springer, clique aqui. Para ir direto para o PDF no nosso dropbox, clique aqui.

Tradução do manuscrito “Vida” de Darwin (1838)

Primeira página do manuscrito

Em setembro de 2019 o Pedro publicou a tradução desse manuscrito no Boletim de História e Filosofia da Biologia. Clique aqui para conferir.

Aula do Pedro no IB-USP

E lá foi o Pedro participar de um curso da professora Maria Elice Prestes no Instituto de Biologia da USP. Falou e propôs exercícios sobre as traduções da Origem para os alunos de graduação e pós que frequentam a disciplina A Origem das Espécies, de Charles Darwin. Quem quiser ver os slides que ele usou, clique aqui.