Ciência e Arte em Jung (continuação)
O sétimo capítulo do livro O espírito na arte e na ciência, de Jung, que se chama “Psicologia e poesia” e foi publicado em 1930, parece ter uma continuidade em relação ao anterior, repetindo e aprofundando alguns conceitos já apresentados antes, bem como a crítica à psicanálise, ao dogmatismo e ao racionalismo. Há um destaque aqui à diferenciação entre obra de arte e artista, que se reflete inclusive nos títulos das duas seções do texto – “A obra” e “O poeta”, como veremos a seguir. Mas antes Jung nos fala dessa relação profunda entre literatura e psicologia, mostrando que uma coisa é analisar a estrutura psicológica de uma obra de arte, e outra, as circunstâncias psicológicas do homem criador. O objeto da primeira é a obra de arte, fruto intencional de atividades anímicas complexas, e o da segunda, o ser humano, seu aparelho psíquico. Apesar de relacionadas, não se explicam mutuamente:
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No capítulo “Relação da psicologia analítica com a obra de arte poética”, que é uma palestra proferida em 1922, Jung entra diretamente na questão-chave do seu livro, O espírito na arte e na ciência, que tem sido objeto dos nossos Seminários Ciência & Arte às quartas. Ele começa com uma crítica ao reducionismo psicológico, que se desdobra numa crítica à interpretação psicanalítica das obras de arte, para nos brindar com uma aula sobre alguns conceitos importantes da sua psicologia analítica, como complexo autônomo, inconsciente coletivo e arquétipo, que podem ser mais produtivos para pensar a arte. Mas vamos por partes.
Continuar Lendo →Jung, leitor de Wilhelm
O quinto capítulo do livro O espírito na arte e na ciência, de Jung, chama-se “Em memória de Richard Wilhelm”. Escrito em 1930 para uma palestra em memória de seu amigo, carinhosamento chamado por ele de “espírito que lançou uma ponte entre Oriente e Ocidente” (JUNG, 2011, p. 55) ou “o mensageiro da China” (ibid., p. 63), que havia morrido poucos dias antes.
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Jung, leitor de Paracelso
O primeiro capítulo de O espírito na arte e na ciência, de Jung, se chama “Paracelso”, e é uma palestra proferida em 1929. Para caracterizar seu sujeito de estudo, Jung começa falando do mapa astral de Paracelso (1493-1541), nascido com o Sol em Escorpião, que é regido por Marte: “Paracelso não desmentiu esta natividade” (p. 9): tornou-se médico e uma pessoa deveras briguenta.
Em tempos de pandemia: civilização em transição
Nesta semana iniciaremos uma nova atividade: Seminários Jung. Interesse recente do grupo, Jung nos atravessou no ano passado com a sua sincronicidade e tem nos inspirado deveras. Foi difícil escolher um texto para começar esse mergulho na obra dele, mas chegamos lá. Essa nova atividade se insere no nosso projeto de pesquisa “Ciência e arte na perspectiva dos science studies”.
Roda de Conversa: Jung e a sincronicidade
Esta semana receberemos o Raul e o Walter, nossos queridos analistas junguianos, para bater um papo sobre Jung e a sincronicidade. Clique aqui para ver o livro Sincronicidade de Jung.