A lógica da vida, capítulo 3: o tempo
Resumo feito pela gloriosa Marta Bellini:
Mais do que um conceito abstrato, no capítulo 3 de A lógica da vida, Jacob enuncia o tempo como a duração indissociável da origem do mundo e de sua evolução. Uma duração é o entrelaçamento da história das espécies, sua permanência e sua variação, ampliação, imanência, contínua, persistente. Dos seres mais rudimentares aos mais complexos, todo ser vivo sobrevém de uma sucessão de transformações conforme os novos naturalistas do século XVIII. A ideia de tempo está ligada às ideias de origem, continuidade e contingência (acaso, circunstância), diz Jacob (p. 137). Origem porque considera o surgimento da vida na Terra, continuidade porque somente do ser vivo aparecem outros seres vivos; contingência porque não há, na natureza, nenhum a priori para a existência do mundo vivo assim como é hoje. Todo ser vivo está associado ao espaço que o circunda e ao tempo que levou para chegar ao mundo de hoje.
Em tempos de pandemia: alguma coisa está fora de ordem
Coluna da Marta no Jornal do Porto, 14 de abril de 2020
Para ver no site do jornal, clique aqui.
Vírus-rei
Pensei muito em um nome para esta Coluna no Jornal do Porto. Diga-se de passagem, sou sobrinha de um dos proprietários do jornal e prometi me comportar nestas linhas da Coluna. Não que o jornal tenha me exigido algo. Simplesmente não vou tratar de política no sentido mais popular do termo, o de homens de partidos, eleições e polêmicas construídas pelas mídias oficiais.
Hoje, para iniciar a Coluna, resolvi pensar o coronavírus (calma, pessoas, vou falar apenas da presença dele) nas cidades, países, planeta como um evento que obriga a reclusão dos humanos, mas permite o revigorar das espécies de animais, de plantas, aquilo que chamamos de natureza.
Leituras de Darwin: A origem das espécies – esboço de 1842
Este ano leremos A origem das espécies – esboço de 1842. Esse texto foi escrito por Darwin 17 anos antes da publicação de seu livro mais famoso, e é uma das provas de que ele já estava trabalhando em sua teoria há tempos quando recebeu a carta-ensaio de Wallace em 1858. Importante documento histórico que agora vamos conferir na edição brasileira traduzida por Mario Fondelli e publicada pela editora Newton Compton em 1992. Essa edição inclui o “artigo” de Darwin e Wallace que foi lido por Lyell e Hooker na Sociedade Lineana em 1 de julho de 1858: “Sobre a tendência das espécies em formar variedades e sobre a perpetuação das variedades e das espécies por meio da seleção natural”.
Mais uma tradução brasileira da Origem!
Realmente 2018 nos reservou algumas surpresas: acabamos de saber que mais uma edição brasileira de A origem das espécies está no forno. Já havíamos noticiado aqui a publicação recente da EdiPro, mas esta agora vai sair pela Editora Ubu, com direito a uma edição padrão, uma especial (a capa acima) e uma de colecionador. Todas com o mesmo texto da primeira edição da Origem (1859), traduzido, apresentado e organizado pelo professor Pedro Paulo Pimenta (Departamento de Filosofia – USP), que anda pesquisando justamente as relações entre a filosofia e história natural nos séculos XVIII e XIX. Ótima notícia! Ademais, trata-se de uma edição ilustrada por Alex Cerveny e com os seguintes textos adicionais: o esboço histórico (oriundo da terceira edição, 1861); o sétimo capítulo – sobre objeções à teoria da seleção natural – da sexta edição (1872); os artigos de Darwin e Wallace que foram apresentados juntos por Lyell e Hooker em 1858 na Sociedade Linneana de Londres; três resenhas de 1860 sobre a Origem, escritas por Asa Gray, Huxley e Owen; e ainda um glossário de autores e obras mencionadas. A conferir!
Revista Koan no ar com artigos do grupo
EAIC 2016 – apresentação do Vitor – Deixa o Darwin falar!
Apresentação do trabalho de PIBIC do Vitor no Encontro Anual de Iniciação Científica, que aconteceu no dia 14 de outubro de 2016 na UEM:
Leituras do livro Darwinismo, de Alfred R. Wallace
Neste ano de 2016 iniciamos mais uma atividade, a leitura do livro Darwinismo: uma exposição da teoria da seleção natural com algumas de suas aplicações, de Alfred Russel Wallace (1823-1913), coautor da teoria da evolução por seleção natural. Lançado originalmente em 1889, o livro foi recentemente traduzido no Brasil por Antonio Danesi e publicado pela Edusp em 2012. Esse e outros textos originais de Wallace se encontram digitalizados em seu arquivo na internet: http://wallace-online.org/.
Origem das espécies – capítulo 15
Texto da Marta
Por fim, chegamos ao último capítulo de A origem das espécies, de Charles Darwin, após dois anos e meio de leitura nas tertúlias de quarta-feira do GP de Science Studies da UEM, sob coordenação da professora Cristina de Amorim Machado. Como escreveu nossa querida amiga e estudiosa de Darwin, Anna Carolina Regner, a obra de Darwin revolucionou os estudos dos campos das ciências biológicas e a nossa maneira de ver e conceber a atividade científica. Ela também nos lembra que (Regner, 2009):
“Na Inglaterra, a história natural que Darwin encontrou confundia-se com uma “teologia natural”, quando os naturalistas (muitas vezes pacatos párocos) tomavam a aparente perfeição de adaptações e coadaptações como evidências de desígnio divino, enfatizando a harmonia de toda a natureza. O pano de fundo das indagações vinha marcado por grandes polêmicas, a respeito das quais o pensamento de Charles Darwin será decisivo.”
No capítulo 15, “Recapitulação e conclusão”, Darwin nos oferece um resumo belíssimo da sua teoria. Nesse capítulo, ele revê os anteriores, desenhando seu percurso e enunciando, ao final, sua colaboração para a compreensão da história da natureza.
Origem das espécies – capítulos 10 e 11
Minha mãe, Odete, representante da Unati nas nossas leituras de Darwin, preparou o seguinte resumo dos capítulos 10 e 11, respectivamente “Sobre a imperfeição dos registros geológicos” e “Sobre a sucessão geológica dos seres organizados”:
Origem das espécies – capítulo 9
A Marta preparou um resumo do capítulo 9 da Origem, “Hibridismo”, que tem as seguintes seções: 1) Distinção entre a esterilidade dos primeiros cruzamentos e a dos híbridos; 2) A esterilidade varia em grau, não é universal, é afetada pelo cruzamento entre indivíduos afins e é removida pela domesticidade; 3) Leis que regem a esterilidade dos híbridos; 4) A esterilidade não é uma característica especial, depende de outras diferenças, e não é acumulada por seleção natural; 5) Causas da esterilidade dos primeiros cruzamentos e dos híbridos; 6) Paralelismo entre os efeitos das condições de vida alteradas e dos cruzamentos; 7) Dimorfismo e trimorfismo; 8) A fertilidade das variedades cruzadas e dos seus descendentes mestiços não é universal; 9) Híbridos e mestiços comparados independentemente da sua fecundidade.
Origem das espécies – capítulo 6
Capa da nova (2009) edição portuguesa da Editora Planeta Vivo. Excelente tradução de Ana Afonso sobre a sexta edição da Origem.
O capítulo VI da Origem, objeto de nossas leituras e discussões ao longo do mês de abril/2015, chama-se “Dificuldades da teoria” e trata dos seguintes pontos: 1) Dificuldades da teoria da descendência com modificação; 2) Ausência ou raridade de variedades de transição; 3) Transições nos hábitos; 4) Hábitos diversos na mesma espécie; 5) Espécies com hábitos muito diferentes das de seus afins; 6) Órgãos de extrema perfeição; 7) Modos de transição; 8) Casos difíceis; 9) Natura non facit saltum; 10) Órgãos de pouca importância; 11) Os órgãos não são em todos os casos completamente perfeitos; 12) A lei de unidade de tipo e a lei das condições de existência estão incluídas na teoria da seleção natural.
O Wendell preparou o seguinte resumo:
Origem das espécies – capítulos 12 e 13
Novíssima tradução (2014) de Carlos Duarte e Anna Duarte publicada pela Martin Claret, editora famosa por publicações problemáticas, cuja edição anterior da Origem era um plágio de tradução (cf. blog não gosto de plágio). Aparentemente, a editora se redimiu, publicando uma tradução decente e com prefácio de um especialista, o professor Nélio Bizzo (USP).
O Pedro preparou o seguinte resumo dos capítulos 12 e 13, ambos sobre distribuição geográfica:
Origem das espécies – capítulo 4
Capa da edição brasileira da Origem, traduzida por Soraya Freitas e publicada pela Editora Madras em 2011. Aparentemente é a melhor tradução brasileira da sexta edição que se encontra no mercado.
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O quarto capítulo da Origem é o maior e talvez o mais importante do livro, ele se chama “Seleção natural ou a sobrevivência dos mais aptos”.
O Vitor preparou um resumo, que veremos a seguir, mas, antes, algumas palavrinhas sobre um termo-chave de Darwin.